Bem-vinda ao blog Nuaá

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O que é vulva? E por que ainda evitamos o nome correto da área íntima feminina?

Dita cuja, piriquita, pepeka… Você já parou para pensar por que a área íntima feminina tem tantos codinomes, enquanto termos científicos como vulva e vagina ainda são evitados?

Não faltam dúvidas sobre as definições da região genital feminina. O que é vulva? O certo é falar vulva ou vagina? Os termos são sinônimos ou há diferenças? E será que essa distinção é importante?

Continue a leitura desta publicação para ver as diferenças entre vulva e vagina e também os motivos pelos quais é essencial que mulheres se conheçam mais e melhor.

Afinal, o que é vulva? 

​​Vamos falar sobre a vulva, que basicamente é a parte externa da genitália feminina. Ela inclui os lábios maiores, os lábios menores, o clitóris e toda a área ao redor, incluindo o monte pubiano. E, caso você já tenha visto por aí, na literatura médica a vulva também pode ser chamada de “pudendo“.

Agora que você já sabe o que é a vulva, talvez esteja se perguntando: qual é a diferença entre a vulva e a vagina? A resposta é simples! A vagina é o canal interno que conecta a vulva ao útero, mais precisamente ao colo do útero.

Quais são os componentes da vulva?

  • Grandes lábios: estruturas vascularizadas e enervadas que, assim como o monte púbico, têm pêlos em suas áreas externas.
  •  Pequenos lábios têm um aspecto mais rugoso e com dobras, que ajudam na proteção da entrada da vagina e da uretra (canal do sistema urinário).
  • Clitóris é um órgão do sistema reprodutor feminino focado em proporcionar prazer à mulher durante o ato sexual, muito embora se investigue a hipótese dele ajudar no processo de fecundação. São 10 mil terminações nervosas de acordo com os estudos mais recentes. Na área externa do corpo feminino podemos ver apenas a glande e o prepúcio do clitóris. O órgão tem, ainda, ramos e bulbos vestibulares na área interna que incham durante os momentos de excitação.
  • Monte pubiano: área externa e frontal da vulva, que é também conhecida como outros nomes como púbis e “monte de Vênus”. 

Componentes do sistema reprodutor feminino

O sistema reprodutor feminino é complexo e além da vulva inclui diversos órgãos, como ovários, trompas, útero e vagina, além de glândulas. A seguir, algumas definições sobre cada uma das partes mencionadas:

  • Útero: órgão no qual o embrião se desenvolve durante a gestação.
  • Ovários: estruturas que armazenam os óvulos e produzem os hormônios femininos, como estrógeno e progesterona.
  • Trompas: canais que conectam os ovários ao útero e que  tornam possível a passagem do óvulo fecundado até o útero.
  • Vagina: canal tubular, elástico e muscular que liga o útero à vulva além de permitir também a passagem do fluxo menstrual, o parto e a penetração durante relações sexuais.
  • Vulva: parte externa do sistema reprodutor feminino.

Como cuidar da vulva, da vagina e de você

Cuidar da sua saúde íntima é sobre se conectar com você mesma, conhecer melhor o seu corpo, ciclos, preferências e necessidades.

Escolha o melhor sabonete íntimo feminino

Em dúvida sobre o uso de um sabonete íntimo ácido ou neutro? A vulva naturalmente tem um pH ácido. Isso quer dizer que itens de higiene íntima que respeitem o corpo da mulher devem também ter uma composição ácida a fim de evitar a proliferação de bactérias nocivas. 

O sabonete íntimo em forma de espuma todo dia, da NUAÁ, é um exemplo de produto com composição que respeita a região íntima feminina. Suave, livre de sulfatos, parabenos e substâncias sintéticas nocivas, o produto é vegano e produzido com óleo essencial de tangerina. Foi produzido por mulheres, inclusive uma delas, ginecologista.

O melhor sabonete íntimo feminino tem formato de espuma suave proporciona diferentes benefícios, como preservar os ativos naturais da fórmula, provocar uma experiência diferenciada e acolhedora durante o banho. É também um convite à autodescoberta e ótimo para aproveitar momentos de intimidade de verdade.

Lembre-se que a vagina é autolimpante

Ao contrário da vulva, a vagina tem mecanismos naturais de limpeza e proteção. Não é recomendado, por exemplo, o uso de sabonetes, produtos de higiene íntima ou duchas na região. Práticas do tipo podem desregular a flora vaginal e até provocar problemas de saúde.

Prefira calcinhas de algodão

Usar calcinha de algodão é uma escolha simples do dia a dia que pode fazer grande diferença na sua saúde íntima. O tecido ajuda a manter a pele seca ao permitir que a transpiração natural do corpo humano evapore, o que diminui o risco de infecções como candidíase e vaginose bacteriana.

Cuidado com a depilação

Os pelos surgem durante a puberdade e têm a função de proteger a área íntima das mulheres. Embora a depilação tenha um grande aspecto cultural e seja uma prática comum, é importante sempre utilizar materiais descartáveis e/ou esterilizados se o procedimento de remoção dos pelos em um salão de beleza.

Vá à ginecologista

Agendar ao menos uma consulta ginecológica para avaliação clínica e solicitação de exames de rotina (Papanicolau, sorologias etc) é necessário para observar o seu quadro de saúde feminino e detectar possíveis problemas de saúde. As consultas são também a oportunidade perfeita para esclarecer dúvidas sobre anatomia e cuidados íntimos com uma especialista.

A Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) recomenda que adolescentes visitem ginecologistas duas vezes ou mais ao ano, a fim de criar um vínculo com o especialista e “conversar abertamente sobre suas demandas íntimas”.

Movimento Tô Nua

Diferentes pesquisas comprovam a falta de conhecimento das mulheres sobre a própria anatomia, o que pode também ser entendido como uma falta de conexão com os reais gostos e desejos. 

A explicação para a ignorância coletiva acerca da anatomia e sexualidade feminina tem nuances sociais, políticas e históricas. Em “O Segundo Sexo” (1949), Simone de Beauvoir demonstrou de maneira aprofundada como durante séculos as mulheres foram constrangidas a papéis de submissão e inferioridade. Sem direito, inclusive a uma sexualidade independente e prazerosa.

Na NUAÁ, acreditamos que cada mulher merece se sentir bem consigo mesma, por dentro e por fora. Agora que você já  sabe o que é vulva e o que é vagina, te convidamos a  fazer parte do movimento: Tô Nua com NUAÁ. Um chamado onde  defendemos o autoconhecimento, autocuidado e bem.estar íntimo sem tabus. 

Entre em sintonia com você mesma, torne seu banho em um ritual de descobertas.

toque.se, ensaboe.se e converse sobre quem você realmente é sem nenhum pingo de vergonha. entenda.se e tenha intimidade de verdade!